quinta-feira, 22 de outubro de 2015

SISTEMA DE CAPTAÇÃO E USO DE ÁGUA DE CHUVA

Com a diminuição da disponibilidade da água causada pela redução das chuvas é preciso economizar a água potável e racionalizar o seu uso. 

Existem algumas atividades importantes que utilizam água que não precisa ser potável, como lavagem de pisos e carros, e rega das áreas ajardinadas.


É interessante desenvolver um sistema que armazene e disponibilize o uso de água da chuva para fins não potáveis.


O sistema de captação e uso de água de chuva possibilita às edificações possuírem água para lavagem de pisos, carros, rega de áreas ajardinadas, e qualquer outro uso de água não potável que desejar.


Toda instalação deve respeitar as normas que indicam quais os parâmetros devem ser seguidos para o melhor rendimento e segurança nas instalações. O sistema de captação e uso de água de chuva não é diferente, as instalações devem respeitar a seguinte norma regulamentadora:


ABNT NBR15527:2007, Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis -Requisitos.


Que também envolve as seguintes normas regulamentadoras:


ABNT NBR 5626:1998, Instalação predial de água fria
ABNT NBR 10844:1989, Instalações prediais de águas pluviais
ABNT NBR 12213:1992, Projeto de captação de água de superficie para abastecimento público
ABNT NBR 12214:1992, Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público
ABNT NBR 12217:1994, Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público


Lembrando que as águas de chuva captadas em telhados não devem ser utilizadas para fins potáveis e as instalações devem seguir rigorosamente as indicações das normas.


O Projeto
Esse é o momento quando são verificadas todas as configurações das instalações, como área de telhado, tubulações existentes e todas aquelas que estão relacionadas ao funcionamento da rede pluvial da edificação.

As informações coletadas são utilizadas para verificarmos o dimensionamento atual de acordo com as características hidrológicas da região, que são obtidas com um estudo de dados de chuvas dos últimos 10 anos na região.


Assim teremos a informação de quanta água costuma cair na região da edificação e então afirmar com segurança os valores máximos de vazão que teremos nas tubulações da rede pluvial.


Com essas informações é feito todo o dimensionamento do sistema, como, reservatório e eficiência, bombas e instalações elétricas necessárias para o seu funcionamento. Assim poderemos afirmar, por exemplo, qual será a quantidade de água de chuva que será possível utilizar de acordo com o volume de reservatório adotado


Um dos pontos mais importantes é com relação a qualidade da água que será reservada, para isso é necessário dimensionar o sistema de descarte de primeiro fluxo, que além de garantir a qualidade da água deve ser automático, de acordo com a norma regulamentadora NBR15527/2007.


A segurança das instalações é um ponto muito importante e de muita atenção do projetista, pois um sistema mal dimensionado pode, além, de comprometer a qualidade da água, também causar alagamentos em situações onde o reservatório será instalado, geralmente em subsolos, pois a extravasão do reservatório deve ser prevista para que a água excedente retome o caminho da rede de coleta de águas pluviais mesmo nos momentos de vazões máximas.


Enfim, o projeto nos permite entender todo o sistema e seu funcionamento e prever certamente o período de manutenção necessário de cada equipamento na instalação e garantir segurança e uma melhor qualidade da água.


Passos para a execução do projeto:
  1. Coleta de dados e informações obtidas dos projetos da edificação e verificação no local que receberá o sistema;
  2. Estudo hidrológico local e cálculo das informações de projeto;
  3. Dimensionamento das tubulações, dispositivos e reservatório de toda a instalação;
  4. Dimensionamento das instalações elétricas e de comando;
  5. Desenho de todas as configurações que deverão ter as instalações;
  6. Elaboração do relatório detalhado com as indicações de eficiência do sistema, quantificação de material e toda informação de operação, manutenção e implantação;
  7. Entrega do projeto e relatório detalhado.

A Implantação
A implantação é a execução de todas as instalações, hidráulicas, elétricas e estruturas necessárias para a execução do sistema.


A instalação será agendada, considerando o prazo de entrega de todo o material, as condições do tempo, algumas partes da instalação não podem ser realizadas em dias de chuva, e a agenda técnica de nossa equipe especializada. Previsão indicada no orçamento.


A obra deve ser executada e finalizada dentro do prazo indicado.


Ao final da obra será entregue o sistema com um manual de operação e descritivo dos equipamentos.


Toda a obra é de responsabilidade da Ecohirdra de acordo ao que foi contratado previamente.


Todas as instalações serão realizadas dentro das normas regulamentadoras vigente, seguindo padrões técnicos e estéticos.


O sistema instalado a partir de projeto oficial possui 2 anos de garantia.


Todas as instalações são realizadas seguindo todos os critérios de segurança e qualidade exigidos para o sistema.


Passos para a execução da implantação:

  • A Instalação do(s) reservatório(s) no local indicado é o primeiro passo da obra, ele deve estar preparado para receber as tubulações;
  • O sistema de filtro de descarte de água suja será instalado no final da tubulação que vem do telhado e ligado no tubo que vai até o reservatório da água da chuva, para que a água armazenada esteja livre de sujeiras;
  • É preciso adequar o sistema de drenagem para suportar o transbordo da água no reservatório, para evitar problemas de vazamentos nos períodos de chuvas mais intensas, aumentando a vazão do sistema existente;
  • As tubulações de descida de água de chuva que vem dos telhados serão ligadas no filtro e sistema de descarte de água suja;
  • Instalação de todas as tubulações que levarão a água até as torneiras, que devem ser trancadas com cadeado quando não estiverem em uso.
  • Instalação de equipamentos e dispositivos, tais como a bomba, o clorador, o painel elétrico, que farão todo o sistema funcionar para o uso da água nas torneiras;
  • Instalação das sinalizações, que indica que a água não é potável, e acabamento das instalações;
  • Todo o sistema e todos os dispositivos serão testados para verificação da eficiência e correto funcionamento;
  • Entrega do sistema com o manual e explicação detalhada de todo o funcionamento.










terça-feira, 25 de agosto de 2015

Economia de água no tratamento de piscinas!

Vivemos uma época de muita preocupação com a água e sua disponibilidade para o abastecimento público. Muitas medidas de economia tem sido tomadas pelas concessionárias de abastecimento e pela população.

Temos buscado maneiras de economizar e não ficarmos sem água, porém alguns métodos adotados para nos prevenirmos da falta de água não são muito eficazes, como por exemplo a instalação de mais reservatórios de água nas residências ou condomínios para garantir água por mais tempo no caso de parada no abastecimento. O ideal é pensarmos em diminuir o consumo, ao invés de aumentarmos as reservas.


Há muitas ações que podem contribuir para a redução do consumo, com simples mudanças de
hábitos, por exemplo: fechando a torneira enquanto escovamos os dentes, desligando o chuveiro enquanto nos ensaboamos, reduzindo o tempo de banho, entre outros. Além dos hábitos é importante verificarmos as instalações e preferirmos o uso de torneiras e duchas com menores vazões e com dispositivos economizadores. Entretanto, existem procedimentos que podem reduzir ainda mais o consumo de água, como o tratamento da água de piscinas.

O tratamento pode reduzir muito o consumo de água se realizado de modo correto, mas
dificilmente isso acontece.

Vamos tomar o exemplo de um condomínio na região sul da cidade de São Paulo, onde realizamos manutenções nas instalações e o treinamento de seus funcionários para a operação das piscinas. Lá existem duas piscinas pequenas, com volumes de 30m³ na piscina adulta e a infantil com 5m³. Quando conhecemos o condomínio, verificamos que o sistema da piscina estava deficiente pois haviam vazamentos pequenos nas válvulas e tubulações e se perdia muita água no tratamento já que a filtragem era ineficiente.

Assim, o primeiro passo foi realizarmos a manutenção das tubulações e válvulas para sanar todos os vazamentos; depois realizamos a troca da areia do filtro e verificamos como era realizado o tratamento da água das piscinas. Após essa análise, percebemos que havia algumas falhas na forma como o tratamento estava sendo realizado, e essas falhas causavam gastos excessivos de água, que até então não era possível quantificar.

Depois de fazermos as devidas manutenções no sistema, realizamos um treinamento com o zelador e
Capa do manual de Treinamento
Personalizado.
todos os funcionários que participam total ou parcialmente do tratamento da piscina. Nesse treinamento, explicamos à equipe quais as características esperadas para a água de piscinas e os porquês dos parâmetros necessários, após a explicação teórica realizamos a verificação prática para que a equipe compreendesse quais são os parâmetros ideais da água da piscina.

Uma queixa apresentada pelo zelador do condomínio foi com relação à dificuldade de uso do cloro, pois além de o armazenamento gerar riscos aos funcionários que tinham acesso à área de estocagem, ele percebia que poucas horas depois da aplicação, a água parecia não conter cloro algum e isso era confirmado no teste feito por ele. Por conta dessa dispersão do cloro, pudemos confirmar que realmente havia algo errado com todo o tratamento.

Quando realizamos os primeiros testes pudemos verificar que os parâmetros estavam todos fora dos ideais para manter a qualidade da água e isso estava causando a presença de limos e outros micro-organismos indesejados. Assim, orientamos os funcionários para que o tratamento da piscina pudesse recuperar e gerar um menor consumo de água.

Quando começamos o acompanhamento dos processos no condomínio no mês de junho de 2015 percebemos a oportunidade de reduzir o consumo somente mudando os hábitos no tratamento de água das piscinas, e, após deixar em dia a manutenção das mesmas e realizarmos o treinamento dos funcionários, tivemos como resultado a tão esperada diminuição do consumo de água: enquanto nos meses anteriores o consumo era de mais de 500m³/mês, após as manutenções e o treinamento foi para pouco mais de 400m³/mês, com expectativa de reduzir ainda mais, indo abaixo de 400m³/mês.
Primeira conta de água após os trabalhos realizados.


E a redução continua.


Muita água não é? Uma redução de mais de 25% do consumo médio do condomínio.

Imagine que grande parte dos condomínios e residencias que possuem piscinas não estão preparados para lidar com o tratamento delas e tem equipamentos sem manutenção e operações indevidas, que podem gerar desperdício de água.


Existem várias medidas que podemos indicar para economizar água e muitas delas são simples e custam pouco! Assim, conte sempre com um serviço especializado para realizar as manutenções e os treinamentos dos profissionais que operam os sistemas hidrossanitários de suas instalações.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Sobre os Aquecedores a Gás

Os aquecedores a gás tiveram um aumento muito grande na sua utilização em residências no final dos anos 90, quando a falta de energia elétrica gerou apagões em todo o Brasil, obrigando a população e governos a tomarem medidas urgentes para reduzir o consumo e a se adaptarem a uma situação que prejudicava grande parte da população. No caso das residências, uma ação que foi largamente realizada foi a troca de aquecedores elétricos, como aquecedores elétricos por acumulação (boilers) e chuveiros elétricos, por aquecedores de passagem a gás com acionamento a pilha, assim mesmo quando não havia eletricidade as pessoas não ficavam sem o aquecimento da água.



Os aquecedores de água de passagem a gás são equipamentos muito eficientes e são produzidos com rigorosos controles de qualidade para garantir a segurança nas instalações onde são aplicados, porém é importante seguir as normas de instalação que definem as configurações para a instalação deste tipo de equipamento, além da adequação do ambiente, que deve ter ventilação constante. Durante algum tempo, as instalações dos aquecedores chegavam a ser feitas dentro do banheiro e até sem a instalação de chaminé de exaustão, que colocava em risco as pessoas que utilizavam o banheiro com o aquecedor ligado.



Hoje, existem normas que regulamentam as configurações das instalações para que a segurança seja mantida e não haja risco às pessoas e aos animais que habitam o local onde estão instalados os equipamentos, mas não há nenhum órgão ou fiscalização que garanta que as normas sejam seguidas, então é importante ter atenção com as instalações para evitar acidentes como aqueles que são noticiados:

  • Explosão em apartamento no Rio: 
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/05/alemao-morador-de-apartamento-que-explodiu-em-sao-conrado-morre.html


A Manutenção dos Aquecedores


A manutenção preventiva para aquecedores de passagem a gás deve ser realizada impreterivelmente a cada ano, para evitar acidentes com os equipamentos, mesmo quando instalados corretamente.




Os aquecedores em funcionamento queimam o gás combustível e seu produto final é o monóxido de carbono que é asfixiante e por isso deve ser canalizado para fora das instalações, aquecedores mal regulados ou sem manutenção começam a produzir também o dióxido de carbono, que é tóxico. Havendo vazamento para dentro da instalação nas duas situações o perigo é iminente e gera ricos para a segurança das pessoas e dos animais que habitam o local da instalação, o que pode gerar a “morte branca” pois os gases queimados não possuem cheiro e a vítima não percebe a sua presença no ambiente.



Assim sendo, é muito importante executar a manutenção anual dos aquecedores, contando sempre com profissional especializado para garantir seu bom funcionamento e segurança das instalações.